quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Aurora

 Quando desisti das prévias perguntas, escolhi o risco das críticas.
 Então, após um pedido e uma madrugada, que julgo não perdida, era hora de ir...
 E fui...
... ao crivo do músico, onde me calei, por respeito ao seu talento.
... ao crivo do poeta. O único que poderia me ver. Não porque lhe agrade aquilo que lê, mas porque compreende a alma e o espírito dos seres que dizem sentir, que dizem ser capazes de amar e que se dizem humanos.
E, por fim, fui....
... ao crivo dos artistas. Este é que me diria se essa Aurora dará a luz, em letra, a sua partitura, à forma de canção.


Aurora
por Grace Da Ré Aurich                                                                        07/mar/2011

Sabes o quanto eu te quis?
Palavras não são
a tradução do que somos.
É o silêncio...
Fico contigo me rendendo ao abraço,
nesse manhoso jeito teu...
E me leva na noite, num simples tocar,
no passar do segundo
onde me tens.... por inteiro.
O bem...
que eu te fiz
não me deu teu amor,
não te fez me olhar,
me envolveu no teu calor
do início ao não fim
me levou, te deixou.
Todo em mim.
Sentido não faz
sentir em mim, sen...tir, sem ti.

Respira quem sou, não permitas que eu
te tenha tão perto uma última vez.
Desfaz de mim e vais...
Não me acordes mais, não acendas mais nada.
Devagar, eu te peço... esqueças
meu cheiro, esse beijo e o doce desejo...

Com... amor .... me deixarás...
Morrer e viver no alimento do tempo
no que me resta desse sonho.

A verdade sobreviverá, o que não tenho, seria,
sob  a luz que renasce, o nosso outro caminhar.

E te protejo no verde dos olhos te olhando à luz da manhã....
E te protejo no verde dos olhos te olhando à luz da manhã....
  


Deixa ela na prateleira, mesmo que já tenha partido há algum tempo.
As respostas dos crivos?
Quem queria respostas?
Deixo ela na prateleira, deixa ela me mostrar o quanto valeu.

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